terça-feira, 22 de novembro de 2011

A ração deles de cada dia / Their every day´s dry food

 Recentemente li um artigo que me deixou horrorizada. Fala sobre a fonte de proteina das rações que oferecemos aos nossos cães. Nos EUA e Canadá há uma lei que permite a utilização de produtos descartados para o consumo humano como fonte de proteina no preparo das rações. Se lá é assim, imagine aqui! Aí entram todos os tipos de horrores, que, segundo o artigo, vão desde carne de exemplares doentes (tipo vaca louca), até (pasmem!) os corpos de outros cães e gatos sacrificados ou mortos por doenças. O artigo é em inglês, se alguém quiser traduzir eu fico feliz. Essa é só uma das muitas razões pelas quais substituimos a ração por comida (balanceada, é claro!) em nosso canil para os 20 pugs!!! Seguimos nesse assunto nas próximas postagens. Já adiantando, estão todos muito bem de saúde.

http://www.naturalnews.com/012647_pet_food_dog.html


Recently I read an article that made me shocked about the source of protein in our dog´s dry food. It is unbelievable! This is one of the many reasons now we feed our 20 pugs with home made food. I´ll post more about it soon. By the way, all pugs are in very good heath.

http://www.naturalnews.com/012647_pet_food_dog.html

5 comentários:

  1. olá Angela desejo muito saber se vc sabe de alguém que more em curitiba ou próximo que tenha pug da sua linhagem pois quero muito um macho e uma femea preto ou abricot.
    Gisele Mayeves

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  2. Quando vai conseguir passar pra nós a receita desta comida caseira pra aplicarmos para nossos pequeninos,posso dar tambem pra bulldog?
    Um abraço!!!

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  3. Olá Ângela, tudo bem? Tenho aqui um exemplar de sua linhagem Nabuco, amo a raça e sou veterinária. Porém, não trabalho com pequenos animais, e sim com inspeção de carnes há quase cinco anos e tenho total propriedade para comentar sobre o assunto postado neste tópico.
    Há mtos mitos no que tange a fabricação de produtos de origem animal, sejam eles comestíveis, ou não (como no caso das farinhas que entram na composição das rações animais). Quem nunca ouviu dizer que salame (mortadela) era feita com carne de cavalo e que na salsicha ia papelão? Puro mito. E na ração animal também existem alguns mitos, que ao meu ver, só existem pela falta de informação e de conhecimento das pessoas. É o seguinte: toda farinha destinada à alimentação animal, advém de outros animais e suas partes (bovinos, suínos, aves, etc). Animais abatidos em frigoríficos com inspeção seja ela federal, estadual ou municipal. Os animais abatidos são rigorosamente examinados por médico veterinário responsável e sua equipe de técnicos, e quando verificada alguma doença, o animal ou parte dele, é descartado para que seja aproveitado como produto NÃO COMESTÍVEL, ou seja, farinha para alimentação animal (fonte de proteína para alimentar peixes, suínos, cães, gatos, etc). Esta parte descartada (animais e órgãos doentes ou até órgãos sadios mas que não se prestam a alimentação humana – como rins, pulmões de suínos), vão para um imenso digestor onde sofrem cozimento sob alta pressão e temperatura por um determinado período de tempo. Depois, a chamada “torta” que é o produto deste cozimento, ainda passa por uma esterilização (justamente por causa da vaca louca – para que o príon causador do mal seja inativado – mesmo não tendo relatos de vaca louca no nosso país). Daí separa-se a gordura, ou sebo, que será utilizada para outros fins tb não comestíveis, e o restante é processado até virar um pó altamente rico em proteínas e controlado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, sofrendo inclusive análises microbiológicas para atestar a qualidade, inocuidade do produto. O local onde é produzida tal farinha de carne, ossos e até sangue é conhecido como graxaria (graxas – gorduras) sendo elas registradas nos órgão competentes e controladas por tais. Claro, que como tudo na vida, existem os irregulares.

    Espero poder ter esclarecido um pouco como é produzida tal fonte de proteínas para nossos pequenos. Veja que com isto tudo que citei acima não tenho a pretensão de mudar sua opinião, tampouco sua conduta em seu canil, e sim esclarecer e quem sabe, derrubar este mito de que cães, gatos e animais com vaca louca (que nem existe no Brasil) entrem como ingrediente na composição das rações animais.

    Abraços,

    Patrícia Alves
    patriciaalves29@yahoo.com.br

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  4. Lembrando que aqui tb é permitido, por lei, a utilização destes animais/partes para produção de farinha animal, até pq caso isso não fosse feito, viveríamos num lixão sem fim. Não teríamos lugar para despojar tais resíduos.
    Há toda uma legislação específica que regula todos os parâmetros para produção destes tipos de farinha (fontes de proteína animal).

    Patrícia Alves
    patriciaalves29@yahoo.com.br

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  5. Patricia, como médica, fico muito feliz em ter a participação de veterinários com conhecimento nessa área em nosso blog. Suas palavras são de grande importância, e só vêm reafirmar a nossa convicção. Seria ingênuo de nossa parte acreditar que o Ministério da Agricultura autorizase o uso carne de animais impróprios para o consumo humano antes de fiscalizá-lo quanto ao seu processamento.Isto seria um caso de saúde pública, e em nenhum momento foi a nossa crença de que nossos pets poderiam adquirir a doença da vaca louca ou quaisquer outras doenças infecto contagiosas com o uso da ração. A questão vai mais além, e abrange um entendimento do que toda a indústria alimentícia, seja para o consumo de humanos ou para o consumo animal, vem nos impingindo como "saudável". Já reparou, por ex, na quantidade de acúcar e conservantes que são inseridos nos produtos para serem consumindos pelas nossas crianças humanas? Já pensou como achamos "normal" consumirmos refrigerantes como Cocacola ou gorduras trans, para depois adoecermos de doenças cardiovasculares ou de câncer? Não posso considerar essa mistura, embora estéril, como algo saudável. Nosso pets não apresentaram mais os problemas digestivos que tinham depois da suspensão da ração.Por que será? Falaremos sobre os casos clinicos em breve. Nós não realizaríamos mudança tão radical num plantel de 20 pugs sem um bom motivo. Proponho esse olhar mais além, tanto para os nosso pets quanto para nós, numa visão crítica do que temos engolido como "normal". Muitíssimo obrigada por acender a questão. Continue conosco.

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